sábado, 1 de setembro de 2018

SETEMBRO NO TEMPO


Tempos idos
Setembro de 1959

O mês começa com o falecimento de João Martins Mamona que antes de fixar residência em Feira vivia nas Umburanas e no Estado Novo era um coronel que fazia valer suas ações.
Caboclo grandalhão, forte, alegre, otimista, Mamona era apenas o sobrenome no registro, pois na verdade era um jequitibá e tinha disposição para qualquer tipo de luta.
Velho amigo de Getúlio Vargas, o presidente sempre o distinguia mesmo quando estava entre a multidão dos comícios.
João Mamona foi vereador nesta cidade, com destacada atuação na 2ª legislatura, instalada em 1951, sendo inclusive o responsável pela criação na câmara, da Biblioteca Francisco Sales Barbosa, homenageando o grande jornalista e poeta feirense.
Contam que Mamona estava discursando na tribuna e sem que tenha concedido apartes, foi interrompido pelo vereador Tito Machado, tio de Franklin Machado, com duras criticas ao tema abordado pelo orador.
 Irritado com a intromissão indevida, Mamona bradou causando risos na plateia:
- Acabo de ser interrompido pelo machado cego.
Houve sururu no plenário da câmara porque Tito Machado, sempre ferino, devolveu a ironia dizendo ao grandalhão João Mamona:
O Machado é cego, excelência, mas serve para derrubar mamona...

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