Por Fernando Brito
Tem gente que acha mesmo que o eleitor flutua como biruta de
aeroporto, para um lado e para o outro ao sabor dos ventos da mídia.
Sim, é claro que há uma flutuação em função da propaganda –
e a mídia é a mais poderosa ferramenta desta propaganda – mas ela não ocorre,
salvo muito eventualmente, na formação do essencial na consciência popular.
No caso das eleições
em curso, este núcleo eleitoral é, provavelmente, muito mais “duro” que em
qualquer outro que tenhamos vivido recentemente.
Não fosse assim, como explicar que -antes de
autoritariamente excluírem seu nome das pesquisas – Lula andasse beirando os
40% das intenções de voto, depois de ter sido amarrado do pelourinho da
imprensa e vergastado como poucos por um Judiciário que parece ter um só
veredito: o de afastá-lo das eleições?
A rigor, era tanta a convicção de que ele estava acabado que
– exceto Guilherme Boulos e Manuela Dávila – todos os candidatos se associaram à surra midiática e não perdiam
oportunidade de fazer coro aos impropérios dirigidos ao ex-presidente.


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