Por Jeferson Miola
Enquanto suas excelências, juízes e juízas federais
embolsarão neste ano cerca de R$ 400 milhões a título do privilégio
pornográfico chamado "auxílio-moradia", o orçamento do programa Minha
Casa Minha Vida [mcmv] para 2018 sofreu um corte, ainda mais pornográfico, de
R$ 1,5 bilhão.
Os 2 justiceiros mais destacados da Lava Jato, Sérgio Moro e
Marcelo Bretas, possuem luxuosos residências nas cidades de Curitiba e Rio,
onde trabalham e residem. Apesar disso, eles recebem auxílio-moradia, para
espanto geral da cínica classe média, ainda crédula no discurso moralista
típico de canalhas.
Bretas tem um agravante moral: é casado com uma juíza; ela
também beneficiária do auxílio-moradia.
As justificativas dessas duas excelências são de tal sorte
estapafúrdias que não vale reproduzi-las, porque ofendem a mais rasteira
inteligência humana.
É estranho, de outro lado, o silêncio de Deltan Dalagnoll, o
pregador fanático do power point e moralista de plantão na caçada à corrupção –
a corrupção dos outros, nunca daqueles da sua malta.
Afinal, ele é um investidor/especulador do Minha Casa Minha
Vida no Condomínio Le Village Pitangui, na cidade paranaense de Paranaguá, onde
comprou 2 apartamentos em 2013.
Aliás, é de se conferir se também essa excelência,
proprietária de 2 apartamentos do mcmv, recebe o obsceno privilégio.
É impossível, diante de tão escandalosa desigualdade, não se
ouvir a palavra de ordem das pessoas deserdadas de um teto: "Quando morar
é um privilégio, Ocupar é um Direito".
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