terça-feira, 23 de janeiro de 2018

SERÃO OS JUÍZES DO TRF-4 MAIORES QUE O ANÃO DA TATUAGEM DE HENA?

Por Fernando Brito
A cena é bem menor e de aparência mais respeitável.

Em lugar de quatro centenas de deputados e algumas dúzias de palhaços  com buzinas, confetes e “alô, mamãe”, serão apenas três senhores e alguns auxiliares, de trajes discretos e comportamento adequado.

Mas, na essência, poderão fazer o mesmo: aplicar o castigo sem a evidência do crime e desconstituir a vontade popular, ainda que desta vez “preventivamente”.

Não vão citar  “a minha senhora, a minha mãezinha e os meus netinhos” nem invocar Nossa Senhora, decerto. Mas, se referendarem a mixórdia sentencial de Sérgio Moro, estarão fazendo, com falsa erudição, absurdo maior.

Não apenas porque há centenas de juristas reconhecidamente capazes – “de nomeada”, no jargão forense – a dizer que não há ali nem regularidade nem consistência para condenar alguém – como as “pedaladas fiscais”, o triplex do Guarujá é um “não-fato” – como nem mesmo poderão alegar que as ruas se enchem de massas pedindo deles a execução de um inocente.

Os palhaços na Câmara e o Pilatos no Credo tinham, ainda, esta justificativa.

Tinham, também, outra atenuante: não havia ali o Bolsonaro às portas, esperando que a cidade desmonte as suas forças e lhe abra as portas. Desmontem-se as eleições livres e é o que teremos.

Será que suas excelências imaginam como será o Judiciário num país chefiado – porque governado não será – por uma figura feroz assim?



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