Por Renato Roval
É impressionante a ironia dessa “confissão” do empreiteiro
José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, dono da OAS. Ele “revelou” em delação
premiada que, na segunda visita que fez ao imóvel, dona Marisa Letícia,
recentemente morta (nem os mortos são mais respeitados na narrativa pós-verdade
da Lava Jato) teria dito o seguinte:
“Nós gostaríamos de passar as festas de fim de ano aqui no
apartamento. Teria condições de estar pronto?”
Moro, que não teve curiosidade de perguntar a Marcelo
Odebrecht se eram 35 ou 40 milhões o valor da conta de Lula com o grupo, já que
no depoimento em menos de três minutos o empreiteiro falou dois números
diferente, perguntou se deu tempo de terminar a obra.
Léo Pinheiro disse que sim.
Léo Pinheiro fez um acordo para se livrar da cadeia. E falou
o que os procuradores pediram. Isso está mais do que claro.
Mas é interessantíssimo pensar nesta história como se
verdadeira fosse. Imaginem a simplicidade de uma primeira dama e de um
ex-presidente da República por oito anos que sonhavam em passar o réveillon num
apartamento na praia das Astúrias.
A foto que ilustra esta matéria é de um révellion nesta
praia, que não é, digamos assim, um recanto nem da elite guarujaense. É uma
praia absolutamente popular. Uma praia à la Praia Grande, onde sempre cabe mais
um.
Onde passam o revéllion Aécio, Serra, Alckmin, Doria, Moro e
suas respectivas esposas? Onde passam o revéllion os Marinhos e os Civitas?
Os Lula da Silva são realmente uns descarados. Imaginando
que fosse verdade a delação do Léo Pinheiro, onde já se viu querer passar o
revéllion no Guarujá…
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