quinta-feira, 23 de março de 2017

JANOT E GILMAR PERDERAM O DECORO. COMO A IMPRENSA TAMBÉM PERDEU, NÃO LIGA

Por Fernando Brito
A acusação de Gilmar Mendes à Procuradoria Geral da República foi  um tanto quanto, afinal, óbvia.
É virtualmente impossível que todos os jornalista tivessem, logo que entregue o maço de 300 processos (somados os pedidos de inquérito e os declínios de competência para outras instâncias), exatamente os mesmos nomes selecionados entre centenas.

A falta de decoro com que Gilmar Mendes se exprimiu não chega a ser, no caso dele, nenhum ponto fora da curva.

A virulência e a grosseria da reação de Rodrigo Janot, porém, devem ser levadas em conta como algo inusual. Afinal, Janot poderia ter ficado em protestos formais, afirmações de que a PGR é “à prova de vazamentos” e outras platitudes do gênero, nas quais todo mundo finge acreditar.

Mas dizer que um ministro  do Supremo “bostejou” – desculpem pela tradução popular do “disenteria verbal” – e que está perdeu a moral – de novo, tradutor acionado para “decrepitude moral” é comprar um confronto que “data vênia, excelência” não resolve.  Por 10% disso, Gilmar e Joaquim Barbosa quase foram às vias de fato.


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