Por Fernando Brito
A acusação de Gilmar Mendes à Procuradoria Geral da
República foi um tanto quanto, afinal,
óbvia.
É virtualmente impossível que todos os jornalista tivessem,
logo que entregue o maço de 300 processos (somados os pedidos de inquérito e os
declínios de competência para outras instâncias), exatamente os mesmos nomes
selecionados entre centenas.
A falta de decoro com que Gilmar Mendes se exprimiu não
chega a ser, no caso dele, nenhum ponto fora da curva.
A virulência e a grosseria da reação de Rodrigo Janot,
porém, devem ser levadas em conta como algo inusual. Afinal, Janot poderia ter
ficado em protestos formais, afirmações de que a PGR é “à prova de vazamentos”
e outras platitudes do gênero, nas quais todo mundo finge acreditar.
Mas dizer que um ministro
do Supremo “bostejou” – desculpem pela tradução popular do “disenteria
verbal” – e que está perdeu a moral – de novo, tradutor acionado para
“decrepitude moral” é comprar um confronto que “data vênia, excelência” não resolve. Por 10% disso, Gilmar e Joaquim Barbosa quase
foram às vias de fato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário