Por J. Carlos de Assis
No curso da abertura
política, o primeiro presidente da democracia, José Sarney, será lembrado tanto
pela relativa imparcialidade no acompanhamento da elaboração da Constituição de
88 quanto pela impertinência com que, seguindo o mantra de seu ministro da
Fazenda Maílson da Nóbrega, sustentou depois de sua promulgação que, com ela, o
país se tornaria ingovernável. Era inconformismo com os fantásticos progressos
sociais da Carta de 88.
O segundo presidente da democracia, Fernando Collor de
Mello, será lembrado por ter autorizado o congelamento de ativos financeiros,
juntando no mesmo saco moeda e poupança, o que levou a uma tremenda contração
da economia no ano de 1991. Será lembrado também, naturalmente, por ter sofrido
o impeachment, e por dar partida ao programa de privatização de ativos públicos
começando pelo setor siderúrgico.
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