Por Fernando Brito
O Governo Temer anunciou, com estrépito, o “pedacinho do
bem” de seu pacotinho econômico.
Diz que vai injetar R$ 30 bilhões na economia com a
liberação dos saques das contas inativas do FGTS.
Conversa.
E os próprios números do anúncio, reproduzidos pela Folha, o
mostram.
Diz que há 10,2 milhões de contas inativas.
E o próprio Michel Temer disse aos jornalistas que “cerca de
86% das contas inativas do FGTS têm saldo inferior a uma salário mínimo, ou R$
880.”
86% de 10,2 milhões são 8,77 milhões de contas.
Com uma estimativa para lá de generosa de que as contas
tenha, em média 500 reais de saldo – e é muito alta, porque é natural que os
que têm muito pouquinho sejam os que não se interessaram em retiras os resíduos
de contas inativas- isso representaria, se todos sacassem – inclusive os mortos
– isso daria R$ 4,38 bilhões.
Não é crível que os outros 14%, que deteriam R$ 25,62
bilhões, divididos em 1,43 milhões de contas inativas – o que daria um saldo médio de 17 mil de reais
em cada uma das outras contas – se é assim e se todos forem sacá-las não vão, obvio, atirar este valor no
consumo.
Mesmo que chegue à metade este valor graúdo liberado, ele vai é para aplicações financeiras.
O destino do dinheiro grosso, como sempre no Brasil, é o
mercado financeiro...
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