A revelação de que, ao longo de 13 meses, o Instituto
Fernando Henrique Cardoso recebeu quase R$ 1 milhão em “mesadas” da Construtora
Odebrecht – aparentemente sem a
contraprestação de serviços – é destas coisas de deixar a oposição com um
elefante entalando a goela.
Como, agora, acusar Lula de lobista da empreiteira?
Sem contar a história da “palestra que não podia ser
palestra” negociada pela Braskem com FHC através de e-mails. Como a Braskem,
além de grande cliente da Petrobras é
49% pertencente à petroleira e, portanto, seu dinheiro também é metade
Petrobras.
Será que algum procurador vai chamar Fernando Henrique para
depor e justificar o recebimento desta bolada, como fizeram a Lula?
Será que alguém acredita que a doação nada tem a ver com
“política”, mas que se deve a algumas aulas particulares dadas pelo
ex-presidente tucano aos executivos, do tipo “Curso Rápido de Como Falir um
País? Ou um “Guia Prático para Comprar Patrimônio Público na Bacia das Almas”?
O castigo à soberba e
à hipocrisia do “Lorde” veio a cavalo.
Vai ter de sustentar que o que ele recebia era “cheiroso” e
o pago ao Instituto Lula por palestras, com nota fiscal e declarado era “sujo”.
Aliás, será que FHC registrou os valores da mesma forma?
Fernando Henrique teve todas as oportunidades de ser claro.
Mas em abril deste ano desconversou e saiu pela tangente ao responder a uma
pergunta de empreiteiras ajudavam a bancar seu instituto:
“Pode ser que tenha recurso aqui, não sei. Muita gente deu
recurso. Mas aqui o recurso é para fazer o que estamos fazendo. Não tem nenhuma
relação com política, com partido, nada”, afirmou o ex-presidente, depois de
ser questionado se o Instituto FHC recebeu doações das empreiteiras que estão
sob investigação da Lava-Jato”, disse ele ao Valor Econômico.
Convenhamos que R$ 975 mil reais em um ano não é uma quantia
“esquecível”.
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