Por Fernando Brito
A Folha, hoje, dá destaque a um dos “furos” da incrível
história de Eduardo Cunha de dizer-se “usufrutuário” – usufrutário, na palavra
dele – das contas abertas em seu nome – lembre-se sempre, com seus documentos e
assinatura – na Suíça. A chave de seu pífio argumento é que, como jamais teria
retirado e trazido os recursos para cá, não os precisaria declarar.
Em resumo, que era um “futuro” beneficiário de um dinheiro
“virtual”, potencial, que só se tornaria efetivamente seu quando o misterioso
“trust” o “devolvesse”. Neste caso, a conta suíça seria meramente contábil – e
por que então estar em seu nome, com seus dados, sua documentação e assinatura?
– pertencendo de fato ao “trust”.
Só que isso gera um “pequeno” problema “conjugal”. É que a
conta de sua mulher, Cláudia Cruz, aberta no mesmo banco e nas mesmas
circunstâncias, recebia dinheiro da “conta-trust” e, com ele, pagava despesas
lá e, sobretudo, aqui: academias, cursos e outros caros “alfinetes” da senhora.
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