quarta-feira, 21 de outubro de 2015

PORQUE NÃO HOUVE UMA LAVA JATO PARA FHC

Em suas memórias, FHC conta como manteve Joel Rennó na Petrobras e barrou investigações contra ACM;

por Luis Nassif
Existem dois FHC. Um que fala para os iletrados - classe média, empresários pouco politizados, leitores da mídia - e outro que ambiciona falar para os historiadores.

O primeiro se vale de um moralismo rasteiro, primário e de uma falsa indignação. O segundo tenta se mostrar o homem de Estado, frio e calculista, dominando as regras da real politik.

Pelos trechos até agora divulgados, as memórias de governo de Fernando Henrique Cardoso - frutos de gravações que fez durante sua gestão - visam a história. Dê-se o devido desconto para algumas passagens repletas de indagações hamletianas sobre dar e receber. Essas cenas FHC provavelmente gravou olhando-se no espelho e fazendo pose. Nas demais, emerge o político esperto, o homem de Estado cujo maior papel foi ter garantido a governabilidade para que seus economistas implantassem o modelo neoliberal. MAIS

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