segunda-feira, 10 de agosto de 2015

AS PERNAS (CURTAS) QUE A VEJA PÒS NO EXTRATO FALSO DE ROMÁRIO

Por: Fernando Brito
Meu filho menor, nos já distantes tempos em que tinha 3 anos de idade, tinha, como muitas crianças, a mania de andar agarrado a um brinquedo, no caso um trenzinho de metal. Quando saía com ele, punha o trem sobre uma mesa e lhe perguntava: o trem tem pernas? o trem vai andar sozinho? Então ele vai estar aí, no mesmo lugar, quando a gente voltar….

Parece que não é assim com os brinquedinhos da revista Veja que, ontem, apresentou à ombusdman da Folha, “explicações” que não esclarecem nada, senão a covardia da revista no episódio do falso extrato bancário atribuído ao senador Romário.

Eurípedes Alcântara,  diretor de Redação diz que “por maior que seja a certeza do repórter sobre a origem e a autenticidade, o documento é só o começo de um processo bem mais complexo de apuração. Pode ocorrer -e não estou sequer cogitando ser esse o caso do extrato- que a verdadeira história esteja em como o documento saiu de um HD ou de um arquivo na nuvem, ganhou pernas e chegou ao jornalista.”

Sério?
“Seu” Eurípedes, diga isso ao juiz no processo de indenização que o Romário está abrindo contra a Veja e o baixinho vai estar bem mais perto dos R$ 75 milhões que exige da revista.


Um extrato bancário falso , como o trenzinho do meu filho, não ganha pernas.

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