Patricia Faermann
Jornal GGN - “O julgamento de impeachment é antes político
do que jurídico”, disse o presidente da Comissão de Direito Eleitoral da
OAB-SP, Alberto Rollo, ao GGN. O especialista em direito eleitoral, que se
encontrou com Ives Gandra, o advogado autor do parecer contra a presidente
Dilma Rousseff, disse que o professor deixou claro e também lhe confirmou:
“independentemente da tipificação jurídica, sempre o julgamento é político”.
A abertura da entrevista escancarou que muito se fala sobre
o delicado tema, mas pouco se sabe. Não depende exclusivamente de argumentos,
nem da atuação de um presidente da Câmara ou Senado. Mas um longo caminho,
estabelecido por regras, com jurisprudência e herança pesada de um passado
recente, além da jogatina política.
“[O impeachment] começa na Câmara e termina no Senado, como
foi o do Collor. Lógico que os deputados e senadores têm o compromisso com a
Constituição, com a verdade, com as provas, mas, no final das contas, o
julgamento é político. Talvez, na consciência de cada um [parlamentar] vá pesar
a seguinte dúvida: se eu votar para cassar a presidente Dilma, vai ser melhor
ou vai ser pior para o Brasil? E eles têm o direito de pensar assim”, indicou
Rollo.
Alberto Rollo
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