terça-feira, 9 de dezembro de 2014

COMO FHC AMEAÇA A RECUPERAÇÃO ECONÔMICA

Por Luis Nassif

 Até os anos 90, o PT foi um partido que, na oposição, jogava exclusivamente no negativismo. Foi contra assinar a Constituição, insurgiu-se contra o Plano Real, resistiu contra a desburocratização da economia e montou uma exercício continuado de disseminação de dossiês.

Naqueles tempos, o PSDB despontava como o lado racional, supostamente um partido de técnicos, intelectuais, com visão socialdemocrata, tão contra o dogmatismo que, quando Fernando Collor abriu as portas de seu governo, o então senador Fernando Henrique Cardoso e o deputado José Serra entraram em desabalada carreira porta a dentro. Foi preciso um safanão do então governador Mário Covas para conter seu ímpeto.

 Quando o PT tornou-se poder, imaginou-se que finalmente o país caminharia para o aperfeiçoamento democrático. Como poder, o PT deixaria de lado o estilo carbonário. E, já tendo sido poder, o PSDB montaria uma oposição de peso, sem resvalar para a busca da desestabilização política – como ambos os partidos fizeram no impeachment de Collor.

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