segunda-feira, 8 de setembro de 2014

SOBRE AS DELAÇÕES PREMIADAS PELA IMPRENSA

Por Fábio de Oliveira Ribeiro
A última reportagem bombástica da revista Veja para tentar modificar o quadro eleitoral antes da votação do 1º turno foi baseada num delator. Não é de hoje que a Veja se serve de delatores para tentar controlar o comportamento eleitoral do povo brasileiro em benefício do PSDB. No meu caso, a única coisa que a Veja conseguiu foi fazer-me rir e reler Montesquieu:
"Em Roma, era permitido que um cidadão acusasse outro, isso era conforme ao espírito da república, em que cada cidadão deve ter, para o bem público, um zelo sem limites, em que cada cidadão deve ter nas mãos todos os direitos da pátria. Seguiram-se, sob os imperadores, as máximas da república: e logo se viu surgir um gênero funesto de homens, um bando de delatores. Quem quer que tivesse muitos defeitos e muitos talentos, uma alma muito baixa e um espírito ambicioso buscava um criminoso cuja condenação pudesse agradar ao príncipe: era o caminho para chegar às horas e à riqueza, algo que não vemos entre nós.

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