Luciano Hortencio e Lourdes Nassif
Jornal GGN – Miltinho, ou Milton Santos de Almeida, faleceu
ontem, aos 86 anos, no Rio de Janeiro. Segundo sua filha, Sandra Vergara, uma parada cardíaca o levou. Miltinho estava
internado havia dois meses, em tratamento de problema pulmonar, no Hospital do
Amparo, em Rio Comprido, Zona Norte do Rio.
A interpretação que o tornou muito conhecido foi “Mulher de
30”. Miltinho também fez duetos
memoráveis, com Chico Buarque, Elza Soares e Zeca Pagodinho.
O velório será na Capela 3 do Memorial do Carmo, Zona
Portuária do Rio, nesta segunda-feira, dia 8. Ele deixa três filhos e cinco
netos.
“Mulher de 30” trouxe reconhecimento público para Miltinho.
Com ela, recebeu vários prêmios e teve participações nos principais programas
de televisão da época.
O sambista Miltinho animou vários carnavais, com marchinhas
que fizeram história, como “Nós os carecas”.
Em 1998, ao comemorar seu aniversário de 70 anos, lançou o
CD “Miltinho convida”, com participações de vários de seus aprendizes
confessos, como João Nogueira, João Bosco, Luiz Melodia, Chico Buarque, e
tantos mais.
"Mulata assanhada", “Palhaçada”, “O conde”,
“Laranja madura”, “Volta” e “Menino moça” são outros de seus sucessos, que lhe
renderam o apelido de "Rei do Ritmo". "A vida, a meu ver, como
ritmista, é um ritmo. Você tem ritmo para andar, para pega. Se bobear, tropeça
e cai", disse o cantor em entrevista para um documentário "No tempo
do Miltinho" (2008), de André Weller. "Eu não sou astro de coisa
nenhuma. Sou apenas um mero cantor de samba. O que me honra muito",
definiu-se.
Segundo a filha, Miltinho havia parado de fazer shows há
quatro anos, desde que foi diagnosticado com princípio do Mal de Alzheimer.
Foi assim
A lâmpada apagou
A vista escureceu
Um beijo então se deu
E veio a ânsia louca
Incontida do amor
E depois
Daquele beijo então
Foi tanto querer bem
Alguém dizendo a alguém
Meu bem, só meu, meu bem
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