Cenário político continua a ferver com queda de braço entre ACM Neto e Jaques Wagner por causa da licitação do transporte público de Salvador; governador desferiu críticas pesadas contra o jovem democrata nesta segunda e disse que ele levou discussão "técnica" para o campo político; "Mas pode ficar despreocupado, prefeito. Minha cabeça é outra. O que eu não vou topar é fazer uma carta correspondência técnica sem divulgação, uma patacoada, um palanque para ficar fazendo política"; Wagner foi além e buliu nos sentimentos do prefeito, falando de seu avô
14 DE JULHO DE 2014 ÀS 17:53
Bahia 247 - O cenário político baiano continua a ferver com
queda de braço entre ACM Neto (DEM) e Jaques Wagner (PT) neste início de
campanha pela sucessão do comando do Executivo em outubro próximo. E o motivo
do embate é a licitação do transporte público de Salvador, que acontece hoje
(14). Governador mandou ofício solicitando suspensão do processo licitatório
porque, segundo ele, modelo proposto pelo Município não engloba integração dos
ônibus coletivos com o metrô. O prefeito, contudo, entendeu que atitude de
Wagner "fere a soberania de Salvador". E daí a guerra começou, há
cinco dias.
Em entrevista à rádio Metrópole nesta segunda-feira, Wagner
desferiu críticas ácidas contra o jovem democrata e disse que ele levou
discussão "técnica" para o campo político. "Para minha estranheza,
eu mandei uma carta técnica, preocupado com a mobilidade urbana de Salvador.
Mandei uma correspondência técnica e estou alertando para a forma que está
sendo feita a licitação. Não está correta, está sendo onerosa", disse o
governador.
"Ao invés de fazer uma resposta técnica, se fez um
palanque político equivocadamente. Eu esperava uma correspondência técnica como
resposta. As pessoas acham que está sentado aqui, alguém que já sentou. Sou
conhecido na Bahia como respeitador das diferenças democráticas. O vício do
cachimbo de alguns, que tá achando que eu quero meter a mão na
prefeitura", completou o petista.
Jaques Wagner aproveitou oportunidade para atacar ACM Neto
com assunto que, como é sabido, abala o emocional do prefeito: seu avô. Embora
não tenha citado nomes, o petista fez comparação entre sua postura e a do
falecido ex-governador e ex-senador ACM.
"Eu sei o que é isso: quando um prefeito ganhava uma
eleição num município, e era de oposição ao governo do estado, realmente se
matracava, se perseguia, como Vitória da Conquista foi perseguida. O exemplo
mais contundente foi o da ex-prefeita Lídice da Mata, que se tentou trincar o
governo dela. Mas pode ficar despreocupado, prefeito. Minha cabeça é outra. O
que eu não vou topar é fazer uma carta correspondência técnica sem divulgação,
uma patacoada, um palanque para ficar fazendo política".
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