Nossos poetas
Menina triste
Antonio Manoel de Araújo
Quando nasceste, menina pobre
Tiveste apenas, em teu redor,
Toda a pobreza de um casebre
E em negro teto de palha seca
Foi, o teu tempo, a rude esteira,
No chão batido do pobre quarto
Em velhos trapos te agasalharam...
Quando nasceste, menina pobre.
Essa razão desse olhar triste!...
Assim tão linda de rotas vestes
Tu bem pareces, pobre menina,
Linda boneca abandonada!
Que o teu destino não seja triste
Como a tristeza do teu olhar
Para que ao menos tenha alegria
Nesses seus olhos, menina triste!
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