sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

MORRE FILHO DE LEONEL BRIZOLA E PAI DO MINISTRO DO TRABALHO


Morreu, na manhã desta sexta-feira (28/12), José Vicente Goulart Brizola, filho mais velho do político Leonel Brizola, no Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio, onde estava internado com problema hepático. José Vicente, de 60 anos, deixa três filhos: Juliana (deputada estadual no Rio Grande do Sul), Carlos Daudt Brizola, o Carlito, mais conhecido como Brizola Neto, Ministro do Trabalho, e o vereador Leonel Brizola Neto – todos do PDTZé Vicente tinha dois irmãos:Neuzinha (que também já morreu) e João Otávio, que mora no Uruguai. O velório está marcado para esta sexta-feira, a partir das 16h, no Cemitério do Caju. O corpo deve ser cremado na manhã deste sábado (29/12).
João Vicente, primo de Zé Vicente e filho do ex-presidente João Goulart, homenageia o primo, dizendo: “O exílio, dizia Jango, é uma invenção do demônio, nos mata mesmo estando vivos. Hoje partiu para a grande viagem meu primo Zé. No exílio, desfrutamos de vários momentos felizes, inocentes, jovens, enquanto meu pai Jango e meu tio Leonel, sofriam as agruras do desterro. ‘Todos tenemos un verano del 72′, repetia, com alegria, sua irmã e minha prima Neuzinha, enquanto crescíamos longe da Pátria, mas tentando viver o dia a dia dos amigos e as companhias, que lá, na distância, eram as nossas boas lembranças da adolescência.
Zé, com sua guitarra e seu rock, era sempre o primo mais animado. Foi nesse momento da juventude, que passei em Atlântida, no Uruguai, belos dias de acordes musicais no 1º Festival de Rock, a seu convite. Ele tocava com o Papo´s Blues, que naquele momento era um dos grupos mais ouvidos da juventude “Rioplatense”, junto a outros grupos, como “Sui Generis” do Charlie Garcia ou “Almendra” do Spinetta.
Hoje, nessa despedida momentânea para o espaço e o tempo da Terra, fica a saudade, flutuando, de uma época em que, para crescer longe de nossa terra, também houve espaços para os sonhos. Essas lembranças, Zé, quase tão perto como se fossem ontem não se dispersam, ficam perambulando na eternidade, a qual hoje vais ao encontro. Permanecem as recordações, junto com a certeza de que o mundo de paz e amor que aqueles festivais nos traziam como mensagem através de acordes e compassos, continuam presentes no sonho que não acabou. Um saudoso abraço, até sempre!”

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