"Nem todos vão acreditar, mas Feira já foi cidade de vida pacata e agradável, de ruas e praças largas, motivos de orgulho e ufanismo dos nativos, que viam, ali, razão de superioridade sobre outros centros urbanos, mais conhecidos e mais famosos, como Santo Amaro, São Felix e Cachoeira, de vias tortuosas, estreitas, em que ladeiras, calçamento irregular e casario antigo davam a impressão de que o Brasil dos tempos do rei ali continuava imutável. Até a capital do Estado perdia na comparação. No entanto a cidade parecia mais morta do que viva. Quase ninguém nas ruas, cinco ou seis carros de aluguel na Praça da Bandeira, que dormitava sob o sol de verão ou parecia encolhida nos dias de chuva, ouvindo os auto-falantes da “Casa da Louça” de Hermógenes Santana inaugurados, festivamente, com Georgina Erismann, ao piano, e a voz de Euclides Mascarenhas e Willobaldo Silva (cantor, violonista e tipógrafo)."
domingo, 12 de fevereiro de 2012
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