“Eu fiquei assustado, ao perceber que nos próximos dez anos essas lagoas provavelmente não vão mais existir”, afirmou o engenheiro civil e especialista em Segurança do Trabalho, Adriano José Francisco, coordenador da área de Segurança, Saúde, Meio ambiente e Comunicação de uma mineração. Ele observou que a realidade de Feira de Santana é “o espelho do que acontece em outros lugares”, no que diz respeito ao assoreamento de lagoas e uso inadequado do solo.
A bióloga Maria Raimunda Pereira da Costa considerou a aula de campo excelente, como forma de ver de perto a realidade. “Não há qualquer preocupação com a preservação ambiental”, observou, citando como exemplo as olarias que funcionam praticamente dentro de lagoas e a proliferação de condomínios. No entendimento de Raimunda, são necessárias ações efetivas do poder público e a participação da sociedade. “É preciso muito mais do que leis”, afirmou.
Na avaliação do professor Robinson Moresca, o trabalho de campo foi proveitoso, pois foi possível perceber a movimentação do solo, impacto ambiental, escoamento de águas pluviais, fechamento de pontos de drenagem e esgotamento sanitário de forma irregular. Também foram localizados um ponto e extração de areia e um depósito de resíduos à beira de uma estrada. Ele lamentou que cinco meses após a primeira visita, os problemas das lagoas Salgada e Subaé sejam os mesmos.
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