domingo, 1 de outubro de 2023

FEIRA ONTEM

                                                            


NOSSA FEIRA NOSSOS POETAS

Minha velhice chora incerteza,

bebe o presente amargo em negra taça

onde a visão do porvir só é tristeza:

resto de fogo, cinza e fumaça.

Minha velhice arrota sua grandeza,

Quando a lembrança lhe move uma devassa 

no passado de rara e sã beleza 

onde a virtude se une e se abraça. 

Quando jovem a vida era o futuro

a certeza de um porto seguro

que a velhice não pode sonhar.

Fui jovem, sou velho... o que esperar? 

Para os jovens a morte é u’a surpresa. 

Para os velhos ela é u’a certeza.  


Antonio Moreira Ferreira, o poeta Antonio do Lajedinho...                                                                

 


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