O “AVISO ELÉTRICO” AO ORADOR
Eleições
municipais de 1976, época do bipartidarismo, MDB e Arena apresentaram chapa
completa – 45 candidatos, para Câmara Municipal. Em que pese a realização de
comícios diários, antes de cada comício a escalação dos oradores se
transformava em verdadeira guerra pois
todos queriam fazer uso da palavra.
Mesmo com a
fixação do tempo, geralmente 3 minutos, o coordenadores eram obrigados a
cortar brusca e rapidamente o som como
forma de alertar o indisciplinado orador. Candidato do Campo Limpo (com
expressivos 410 votos pra a época), José Costa Mota não atendeu o apelo de
“está bom Mota, está bom...” e terminou acontecendo o pior.
Estranhamente o
microfone começa a apresentar problema técnico, dando seguidos choques e a cada choque um pinote do orador. Mota resolve proclamar sua ira contra o
suposto “aviso elétrico” e agarrado ao microfone diz com voz trêmula:
- Vão me matar, mas eu não largo!...
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