quinta-feira, 7 de abril de 2022

LEMBRANDO AQUELA CÂMARA

Em 1992 o obreiro Osmário Pena foi eleito vereador com os votos da Igreja Universal do Reino de Deus.

Logo que assumiu deu entrada de um projeto de lei obrigando a leitura, no inicio de cada sessão, de três versículos da bíblia, ouvir explicações por cinco minutos e mais reflexão.

O projeto não chegou a ser votado, mas motivou muitas discussões, com vários vereadores aparteando o autor.

Comunista, Messias Gonzaga disse que era radicalmente contra a ideia.

Ribeiro deixou de lado sua sisudez e quase sorrindo disse que Osmário deveria aliviar, fixando apenas dois minutos para explicações.

José Flantildes disse que para reflexão bastaria apenas um minuto.

Osvaldo Ventura, na époco bom tucano ficou em cima do muro, ao afirmar que não era contra nem a favor.

Quando os apartes descambaram para total gozação, o experiente Coelhinho pediu a palavra e levou o plenário e as galerias ao delírio:

Excelências, além de vereadores vinculados a outras religiões, nesta casa também existem os frequentadores dos terreiros de macumba...

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