Por Emiliano José, na revista
Teoria e Debate:
Ouvindo o alegre rumor da cidade,
Rieux
pensava que essa alegria estava
sempre
ameaçada. A multidão festiva
ignorava o
que se pode ler nos livros: o
bacilo da peste
não morre nem desaparece, fica
dezenas de
anos a dormir nos móveis e nas
roupas, espera
com paciência nos quartos, nos
porões, nas
malas, nos papéis, nos lenços – e
chega talvez
o dia em que, para desgraça e
ensinamento
dos homens, a peste acorda os ratos
e os manda
morrer numa cidade feliz. (Último
parágrafo de
A Peste. CAMUS, Albert. Tradução de
Graciliano
Ramos. 2ª. Ed. Rio de Janeiro,
Livraria José Olympio
Editora, 1973, p. 185.) MAIS
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