segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

NO TEMPO DO CINEMA SANTANÓPOLIS

Por Evandro Oliveira.
Blog Santanópolis

Na construção desta casa de espetáculo um servente se destacou, dedicado, trabalhador, honesto e com outras qualidades.
Meu irmão Beto resolveu aproveitá-lo dando a oportunidade para ele fazer parte do quadro de funcionários do cinema, como lanterninha.
Pé de Serra, como era chamado, era um pernambucano alto, com sotaque bem carregado de nordestino. Vestido com a farda vistosa adequada à função se sentia no máximo da recente carreira.
No escritório do cinema, estava uma confusão; Beto, Pé de Serra e um casal jovem falavam alto. Eu subi para advertir que na sala de projeção estava chegando o burburinho, incomodando os assistentes. Aí ouvi o relato de Pé de Serra:
-  “Dr. Beto, vinha na minha tarefa de manter a coisa certa, quando minha lanterna botou facho na cara destes dois, não era que o suplicante aqui do lado estava pendurado nos berços da suplicada, tive que dar zelo nesta casa de respeito!”

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