sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

BOLSA FAMÍLIA: O QUE A MÍDIA MARGINALIZOU POR UMA DÉCADA E O COMEÇO DO FIM DO PROGRAMA

A realidade dos beneficiários do Bolsa Família foi ignorada nos dez primeiros anos de programa pelos grupos de mídia, e tampouco parece importar agora que está em construção uma narrativa para justificar o esvaziamento (Cíntia Alves)

Jornal GGN - Em meados de 2012, um grupo de estudantes de jornalismo de uma universidade privada em São Paulo decidiu produzir um videodocumentário como projeto de conclusão de curso, tendo por motivação os 10 anos do maior programa de transferência condicionada de renda do País, criado ainda em 2003, durante o governo Lula: o Bolsa Família.
 Dada a amplitude do tema, foi necessário estabelecer um "recorte" para viabilizar a produção de uma reportagem audiovisual com até 25 minutos, atendendo aos critérios impostos pela universidade.

O recorte escolhido por Bruno Martins, Carlos Simalha, Cíntia Alves (hoje repórter do GGN), Deborah Scarone, Estele Kim, Gessica Cruz e Rafael Rodrigues, sob orientação do professor Valdir Boffetti, foi abordar aspectos que, em uma década de Bolsa Família, foram absolutamente marginalizados pela grande mídia.

Os estudantes identificaram que, durante anos, tiveram espaço prioritário nos principais veículos de comunicação pautas como o impacto do programa nas contas do governo, o seu suposto uso eleitoral, as denúncias sobre fraudes, além de entrevistas encomendadas para passar a ideia de que quem recebe o benefício não trabalha, dentre outras visões preconceituosas.


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