Por Fernando Brito
Ontem, os advogados de Lula pediram acesso ao processo“secreto” que apura como Lula é o dono do apartamento que não é dele num
condomínio no Guarujá.
Ontem também Fernando Rodrigues revelou o relatório daPolícia Federal sobre a compra de apartamentos no mesmo condomínio através de
offshores abertas pela picaretíssima Mossack Fonseca, que presta serviços de
montagem de empresas em paraísos fiscais para muita gente “boa” no meio
empresarial, inclusive para o grupo Globo.
No relatório, o nome Lula é citado três vezes.
Duas, em depoimentos de gente que “ouviu dizer” que ele
teria um tríplex lá.
A terceira, no sobrenome de Marisa Letícia, cujo termo de
desistência da compra do apartamento é anexado ao inquérito.
Ou seja, não há nada.
O que há, então, neste “inquérito secreto”?
Há o retrato de uma perseguição obcecada, construída na base
de boatos, fofocas e exploração de supostas intenções de compra.
Há, sobretudo, o desvio odioso das instituições de Estado
para fins político-eleitorais, encoberto por uma mídia que acha normal entregar uma jazida de bilhões de
barris de petróleo mas se escandaliza com um pedalinho.


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