Concluindo o texto do jornalista Helder Alencar, publicado
no Caderno de Domingo do jornal Feira Hoje, em agosto de 1977 sobre três
revistas que circularam em Feira de Santana na primeira metade do século
passado, eis o que relata o historiador feirense sobre a revista Ilustração
Feirense:
- Uma terceira revista, Ilustração Feirense, aqui circulou
muitos anos antes, em 15 de novembro de 1922, dirigida por Ferreira, Cyro &
Carvalho e apresentando-se como uma “revista literária, humorística, esportiva,
noticiosa e theatral’.
A revista homenageava, no aniversário da Proclamação da
República, o Marechal Deodoro, Rui Barbosa, o então presidente Artur Bernardes
e o prefeito feirense Bernardino Bahia. A senhorita homenageada era a hoje
professora Diva Matos Portela.
Em sua página esportiva, Ilustração Feirense narrava a
vitória da Associação Feirense sobre o
São Cristóvão, por 2 a 1, afirmando que “no domingo último foi encantador o
aspecto do ‘Stadium Leolindo Ramos’”
Diz que o São Cristóvão jogou com Artur, Arlindo, Luizinho,
Ovidio, Virgilio, Sinhô, Dôta, Zequinha, Péricles, Sola e Januário. Já a
Associação atuou com Tino, Glézio, Altino, Lili, Zéca, Antero, Dudu, Ramalho,
Jonga, 69 e Muriçoca.
O juiz foi o dr. Eduardo Dias.
Na notícia de cinema, a revista diz que o Cine Sant’Anna
apresenta hoje “a película de grande valor, intitulada “Mentira de uma mulher
bonita”.
Outra homenageada é Georgina Erismann, “a genial pianista
que tem angariado muitos aplausos pelos sucessos que vem obtendo na arte musical”.
São homenageados também, os proprietários da Folha do Norte,
Arnold, Dálvaro e Raul Ferreira da Silva, bem como o vigário da paróquia,
cônego Tertuliano Carneiro da Silva.
Há uma foto da capela do Cruzeiro, no Alto do Gonçalo, ainda
em construção, por uma comissão de artistas feirenses.
Essas três revistas, a Ilustração Feirense, a Séta e a
Serpentina constituem, sem nenhuma dúvida, importantes momentos da imprensa
feirense, pois em três anos distintos, 1922, 1939 e 1941 foram lançadas três
revistas, com a Serpentina chegando ao segundo número.
Hoje, quando a imprensa feirense, apesar das dificuldades
que ainda encontra, vai atingindo um nível elevado, convém voltar os olhos ao
passado e homenagear a todos os que, lutando contra as vicissitudes, escreveram
páginas gloriosas na história da nossa imprensa (Adilson Simas)
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