Dilma ficou sozinha na linha de tiro dos endinheirados. E recuou da CPMF. O governo trata dilemas históricos como se fossem problemas contábeis.
Por: Saul Leblon
É na crise que a distribuição da riqueza adquire
transparência transformadora na vida de uma sociedade.
Esse é o momento vivido hoje pelo Brasil.
Será desastroso não saber enxerga-lo.
Transformar essa transparência em um engajamento político
capaz de destravar o Rubicão do desevolvimento, é o desafio que se impõe ao
campo progressista nesse momento.
Não há muito tempo a perder.
A marcha desastrosa da recessão evidencia o acirramento da
luta de classe dissimulado na chave do ‘ajuste’ fiscal.
O recuo do governo em relação à CPMF, a Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira, conhecida como ‘ imposto do cheque’,
resume em ponto pequeno toda a nitroglicerina armazenada nessa encruzilhada
histórica.
É inútil dar ao extraordinário um tratamento de rotina.
O governo esqueceu de mobilizar a fila do SUS em defesa da
CPMF.
Tratou como esparadrapo contábil um conflito de interesses
que condensa em ponto pequeno a dimensão distributiva dos impasses que
paralisam a nação. LEIA MAIS
Nenhum comentário:
Postar um comentário