por Jornalistas Livres
As forças sociais que elegeram a presidente Dilma Rousseff
reuniram-se na sexta-feira, dia 13 de março, pela primeira vez desde o início
deste segundo mandato presidencial para exigir a reforma política, defender a
democracia, os direitos dos trabalhadores (atacados pelo ajuste fiscal
promovido pelo pacto de governabilidade), a Petrobras e o Pré-Sal.
Um ato de luta, que exigiu o respeito ao mandato das urnas.
No mesmo dia, há 51 anos, o presidente trabalhista João
Goulart, também enfrentando uma oposição feroz, realizou o Comício da Central
do Brasil, no Rio de Janeiro. Diante de uma multidão de 150 mil pessoas, o
próprio Goulart discursou em favor das chamadas Reformas de Base (reformas
agrária e urbana), e do direito de voto para analfabetos e soldados. Como
demonstração da centralidade da Petrobras desde então, Goulart assinou decreto
de desapropriação de refinarias de petróleo que ainda estavam de posse da
iniciativa privada.
Mas as semelhanças param aí. Nos atos públicos realizados
neste ano em 24 cidades e no Distrito Federal, Dilma Rousseff não foi. Seus
ministros tampouco. E contavam-se nos dedos os dirigentes do Partido dos
Trabalhadores que deram as caras. Entre as honrosas e aclamadas exceções
estavam o ex-senador Eduardo Suplicy e o ex-deputado estadual Adriano Diogo,
para o qual o partido precisa voltar para o campo das lutas populares.



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