Por Fernando Brito
Um ótimo repórter (Chico Otávio) e a quebra do “monopólio”
do UOL e de Fernando Rodrigues sobre a lista do HSBC começam a fazer a
diferença e a mostrar que os “donos mundiais” da lista perceberam que acabariam
se desmoralizando quando esta – como inevitavelmente acontecerá – cair no
conhecimento geral.
Na manchete de O Globo, hoje, há os nomes que Rodrigues não
acreditava terem “interesse público”.
A começar por toda a oligarquia Frias, proprietários do Grupo Folha, ao qual
pertence o UOL.
“Tiveram conta conjunta naquela instituição os empresários
Octavio Frias de Oliveira (1912-2007) e Carlos Caldeira Filho (1913-1993). Luiz
Frias (atual presidente da Folha e presidente/CEO do UOL) aparece como
beneficiário da mesma conta, que foi criada em 1990 e oficialmente encerrada em
1998. Em 2006/2007, os arquivos do banco ainda mantinham os registros, mas, no
período, ela estava inativa e zerada”.
E os da família Saad, dona da Rede Bandeirantes.
E da de Edson Queiroz, dono da TV Verdes Mares – donatária
da capitania Globo no Ceará – e do “Diário do Nordeste”, que tinham US$ 83,9
milhões em 2006/2007.
E como tem “café no bule” estão Carlos Massa, o Ratinho e dono da “Rede Massa” (afiliada ao
SBT no Paraná) e sua mulher, Solange, com umsaldo de US$ 12,5 milhões.
Aloysio de Andrade Faria, dono da Rede Transamérica, tinha
US$ 120,6 milhões, provavelmente de outra origem, pois é banqueiro e vendeu o
Banco Real para os holandeses do ABN-Amro, fundando o Banco Alfa.
E mais um destacamento de coleguinhas: Arnaldo Bloch (“O
Globo”), José Roberto Guzzo (Editora Abril), Mona Dorf (apresentadora da rádio
Jovem Pan), Arnaldo Dines, Alexandre Dines, Debora Dines e Liana Dines, filhos
de Alberto Dines. Fernando Luiz Vieira de Mello (1929-2001), ex-rádio Jovem
Pan.
Para os Marinho, sobrou apenas um “beliscão”, que o velho
Roberto jamais teria consentido dar, mas que os irmãos aceitaram até com algum
prazer, para a memória de Lily de Carvalho, depois Marinho, paixão outonal do
velho patriarca. Lily, viúva do também rico Horácio de Carvalho, dono do
extinto Diário Carioca, um marco na evolução dos jornais brasileiros.
Sem problemas, porque os negócios “pra valer” do Grupo Globo
são em outro meridiano, o cálido Caribe.
E assim, ficamos combinados que a mídia é imparcial.
Mas é divertido ver a reações de nossos valentes combatentes
da moralidade: “não temos conta nenhuma”.
Então “tá”…
O HSBC suíço pôs os nomes deles lá por engano…


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