Por Fernando Brito
Uma das coisas que me encanta no Brasil é como todos são
tratados da mesma maneira.
Imaginem o que seria descobrir que a Presidenta Dilma
Rouseff abrira uma empresa off-shore em Miami dando como endereço “Palácio da
Alvorada, Brasília”e com ela comprasse um apartamento num condomínio de luxo lá
mesmo, no coração da pátria brasileira que habita a Flórida?
Ora, não aconteceria nada, segundo a Justiça brasileira, que acha que isso “não comprova
irregularidades”.
Pois foi exatamente isso o que aconteceu com o ex-ministro
Joaquim Barbosa, que em pleno exercício
do cargo no Supremo Tribunal Federal, que presidiu, e gozando de uma
moradia funcional, e usou como referência para abrir a sua Assas JB Corp, uma
empresa fantasma só para escapar do pagamento de impostos na sua transação
imobiliária.
Joaquim Barbosa teve recusada a ação popular que questionava
a transação pela 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
O que quer dizer que, a partir de agora, já se pode abrir
empresas nos EUA, nas Bahamas ou nas Ilhas Virgens usando como endereço um
apartamento funcional.
E, como elas, adquirir patrimônio no exterior sem pagar
impostos no Brasil.
Assim, com aval da Justiça.
Daqui a pouco vão dar endereço no HSBC da Suíça com endereço
público.
Ainda bem que somos uma ditadura bolivariana, não é?
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