Por Fernando Brito
No dia 19 de agosto de 2002, o então Presidente Fernando
Henrique Cardoso reuniu-se com Lula, com Ciro Gomes, com Anthony Garotinho e
com seu pupilo José Serra.
O Brasil tinha quebrado – já era a terceira vez, no seu
governo – e o príncipe cardosiano queria apoio para um desesperado pedido de
empréstimo de US$ 37 bilhões – 25% disso, cash – junto ao FMI, ao Banco Mundial
e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Embora Fernando Henrique, àquela altura, fosse um governante
desmoralizado e em final do seu (último) mandato, nenhum dos seus adversários
deixou de ser respeitoso, de ouvir seus argumentos e de apoiar, claro que com
ressalvas, os entendimentos do governo que ele (ainda) exercia.
Agora, no governo Dilma, as dificuldades são
incomparavelmente menores.
Não há eleições à vista, que pudessem justificar uma atitude
radical de evitar o diálogo.
E, a um simples boato de que o Governo pretenderia abrir
um diálogo com o PSDB, Fernando Henrique sai a distribuir coices.
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