sábado, 7 de março de 2015

FHC REPELE DIÁLOGO. MAS QUEM QUER FALAR COM MÚMIAS?

Por Fernando Brito

No dia 19 de agosto de 2002, o então Presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu-se com Lula, com Ciro Gomes, com Anthony Garotinho e com seu pupilo José Serra.

O Brasil tinha quebrado – já era a terceira vez, no seu governo – e o príncipe cardosiano queria apoio para um desesperado pedido de empréstimo de US$ 37 bilhões – 25% disso, cash – junto ao FMI, ao Banco Mundial e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Embora Fernando Henrique, àquela altura, fosse um governante desmoralizado e em final do seu (último) mandato, nenhum dos seus adversários deixou de ser respeitoso, de ouvir seus argumentos e de apoiar, claro que com ressalvas, os entendimentos do governo que ele (ainda) exercia.

Agora, no governo Dilma, as dificuldades são incomparavelmente menores.
Não há eleições à vista, que pudessem justificar uma atitude radical de evitar o diálogo.


E, a um simples boato de que o Governo pretenderia abrir um diálogo com o PSDB, Fernando Henrique sai a distribuir coices. 

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