terça-feira, 3 de março de 2015

ECOS DA MICARETA

1975

Aconteceu o primeiro baile Caju de Ouro, substituindo o baile Ula Ula. Já na primeira edição a Feira conheceu ricas e luxuosas fantasias do carnaval do Rio de Janeiro, recebeu nomes famosos - a Miss Brasil Marta Vasconcelos, artistas globais como Emiliano José, Miriam Pérsia, José Augusto Branco e Elisangela (a Emilene de Pacado Capital em 1975), sem falar no poetinha Vinicius de Moraes com sua musa Gesse Gessy.
Aconteceu o primeiro concurso para  escolha de Rei Momo, em volta do parque aquático do Feira Tenis Clube. O júri, formado por membros da imprensa, elegeu Hilquias Carvalho, o “gordo do portão”, assim conhecido por conta de “O Portão”, um agradável espaço na Praça Padre Ovídio que reunia o mundo artístico-cultural da cidade.

A micareta foi realizada de 19 a 22 de abril. Um dia antes, na sexta 18, ao receber a “chave” da cidade das mãos do prefeito José Falcão, o Rei Momo eleito decretou: Artigo 1º - Fica proibido aumentar o preço da fubuia; Artigo 2º - Fica a Cesta do Povo autorizada a curar a ressaca dos foliões.
Sob o comando de Rei Momo, pelas ruas da cidade, no “quartel General” da folia, além do préstito no domingo e terça-feira, saudado com confetes e serpentinas, blocos, cordões, batucadas, escolas de samba e em especial os trios elétricos arrastavam a multidão cantando “Conto de areia” (Clara Nunes), “Charlie Brown” (Benito di Paula), “No silencio da madrugada” do Luiz Ayrão e óbvio, as músicas da gente, como “Chuva, Suor e Cerveja”

Não se perca de mim
Não se esqueça de mim
Não desapareça
A chuva tá caindo
E quando a chuva começa
Eu acabo de perder a cabeça
Não saia do meu lado
Segure o meu pierrot molhado...

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