Por Fernando Brito
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) protocolou, agora à tarde, na Câmara dos Deputados um pedido
de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
É claro que é um ato para a platéia, marcando posição para
fixar-se como o chefe das hordas perante as quais desfilará domingo, com os
príncipes bolsonarinhos que elegeu.
Mas, ao menos assume o que deseja e deixa bem marcado quem
são os “defensores da democracia” que se insurgem contra a “ditadura
esquerdista” que dizem estar instalada no Brasil.
Bolsonaro é isso, esta figura desprezível, miasma do passado
autoritário, ditatorial e assassino que cobriu este país após a deposição
militar e parlamentar que depôs Jango.
Mas não é pior do que aqueles que, cinicamente, fazem
objeções ao impeachment e abanam as manifestações selvagens de marmanjos
acanalhados e imberbes pretensiosos, que usam as roupas do século 21 nas idéias
do século 19.
Se algo está errado com Bolsonaro foi o papel que se deixou
disponível para ele, o de troglodita.
Alguém se recorda de como ele passou a ter notoriedade?


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