Jornal GGN - Quem viveu, contará. O resultado da maior mobilização deste país completa 25 anos. Milhões de pessoas foram às ruas pedindo a volta do direito de votar para presidente. A campanha das Diretas Já! produziu seu efeito em 1989, seis anos depois. A Rede Brasil Atual trouxe o tema em uma belíssima e histórica reportagem, que armará jovens e relembrará os mais velhos quanto ao direito que exercemos hoje, reconquistado com lutas, muitas! Leia o documento e espalhe, pois o direito foi reconquistado sim e hoje estamos às vésperas de mais uma eleição para Presidente!
São Paulo – Hilton Acioli vai lembrando e cantarola,
"rompe a cortina do passado", "vai lá e vê que a alegria já
demorou demais". O compositor havia recebido "duas palavrinhas"
do publicitário Paulo de Tarso Santos e teve a responsabilidade de fazer um
jingle. Vê o que dá para fazer, disseram a ele. "Na hora, eu não achei
nada", lembra o compositor potiguar, que completará 65 anos em outubro, na
véspera da eleição, e foi componente do Trio Marayá, nos anos 1950 e 1960.
"A sorte é que ficou na minha memória." Para buscar a canção, ele
conta que havia a preocupação de aproximar o "tema" do jingle ao que
Hilton chama de elite popular, citando Noel Rosa, Ary Barroso, Pixinguinha:
"Populares, mas ao mesmo tempo clássicos".
De Ary veio um mote: "Abre a cortina do passado",
canta de novo. E foi assim que ele compôs um samba, no início de 1989, para
apresentar aos "clientes", no comitê de campanha, na Vila Mariana,
zona sul de São Paulo. Estavam lá Ricardo Kotscho, Aloizio Mercadante, Vladimir
Pomar, entre outros. O "tema" viria de Brasília para escutar, mas não
foi. E Hilton cantou o samba: "Eu olhava na cara deles e pensava: a música
não é esta". De lá, saiu para papear com um amigo, o publicitário Osvaldo
de Melo, a quem repetiu: acho que não é essa música. E foi para casa.
"Quando acordei, me veio a música."
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