Quando os amigos do povo convocam as ruas é porque as
instituições já não bastam para assegurar o poder do conservadorismo.
Por: Saul Leblon
O conservadorismo brasileiro percorreu todo um alfabeto de
alternativas ao longo de 2013 até se convencer de que, isoladamente, nenhuma
das vogais ou consoantes lhe daria o que procura.
O caminho da volta ao poder.
A rua emerge como a derradeira aposta de quem,
sucessivamente, ancorou o seu futuro no julgamento da AP 470, na explosão da
inflação, no apagão das hidrelétricas,
no abismo fiscal e, ainda há pouco, na hecatombe decorrente da redução da
liquidez nos EUA.
Cada uma dessas alternativas, mesmo sem deixar de impor
constrangimentos objetivos ao país e ao governo, mostrou-se incapaz de destruir o contrapeso
de acertos e conquistas acumulados ao longo dos últimos 12 anos.
A irrupção de protestos em plena Copa do mundo tornou-se
assim a nova bala de prata acalentada por aqueles que, corretamente,
ressentem-se de um amalgama capaz de injetar torque e dinamismo ao acerto de contas que buscam com a agenda
progressista brasileira.
Não se espere
passividade a partir dessa avaliação.
Está em curso o vale tudo
para mobilizar uma classe média eterna aspirante a elite, ademais de
segmentos que consideram indiferente ter na chefia da nação Dilma,
Aécio ou Campos.
Juntos eles compõem o novo rosto da velha agenda banqueira.
Importa reter desse mutirão
aquilo que ele informa sobre a singularidade da campanha eleitoral de
2014. CONTINUE LENDO
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