Por Paulo Cesar Bastos
A filarmônica marchava pela Rua Direita em direção à Estação Ferroviária, ao fundo da Igreja Matriz. Homenagem ao Coronel que chegava de Salvador da Bahia pelo Automotriz. Aí, também, parava o poderoso trem de ferro com a carga de variada mercadoria do Porto da Bahia. Na Feira de Sant’Anna, o trem era um sinal do progresso verdadeiro para a antiga pousada de tropeiro.
Um dia, mudaram o traçado para uma Estação Nova. O traçado novo era para interligar com a linha de ferro que para o Norte seguia, daqui da Bahia. Prédio bonito, diziam ter sido projetado por um certo Doutor Oscar que era o arquiteto preferido do Presidente JK. Mais tarde, no entanto, a história deu uma contramão, abandonaram a obra e desativaram o trem da Princesa do Sertão.
O tempo passou, o tempo voou e o Brasil mudou. O comboio precisa voltar. A ferrovia precisa retornar e traçar um inovador caminho de progresso, agora, para a Região Metropolitana de Feira de Santana, do forte território sertanejo e para toda a Boa Terra da Bahia.
Feira de Santana necessita evoluir desse importante entroncamento rodoviário, nordestino e brasileiro, para um moderno, inovador e estratégico centro de logística que venha a integrar o transporte -rodoviário, ferroviário e aeroviário - às estruturas portuárias de Salvador e Aratu. Com a volta do trem, a localização privilegiada será melhor utilizada.
Um passado vitorioso e um presente vigoroso são os trilhos na direção de um futuro glorioso. Assim, todo o dito acima é para lembrar e ressaltar a importância de um projeto ferroviário em discussão para uma nova interligação MG-BA e que passará em Feira de Santana. Além de importante é relevante. Para um país ter um sucesso garantido é preciso um bom transporte para tudo que for produzido.
Que venha o novo trem, para o desenvolvimento e para o bem. Vamos inovar e avançar, não podemos perder o expresso do progresso.
*Paulo Cesar Bastos é engenheiro civil
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