domingo, 29 de agosto de 2010

DILMA DIZ QUE, ELEITA, VAI "ESTENDER A MÃO" PARA SERRA



Dilma diz que, eleita, vai ‘estender a mão’ para Serra
Em Josias de Souza

Em Brasília, Dilma Rousseff tirou a manhã para descansar. À tarde, concedeu uma entrevista, para aparecer, à noite, na janela do ‘Jornal Nacional’.

Disse que, eleita, se dispõe a "estender a mão" para José Serra, seu principal contendor na sucessão.

Passada a guerra eleitoral, afirmou, "a gente desarma o palanque e estende a mão para quem for pessoa de boa vontade e quiser partilhar do processo de transformação”.

Não sabe se Serra corresponderá ao gesto. Mas, “se ele quiser, sim, perfeitamente”, ela não hesitará em estender a mão.

Ainda que a oposição recuse o diálogo, Dilma declarou que não vai retaliar: "Pode ficar sem estender a mão como oposição, numa boa, e vai ter dinheiro".

Curioso, muito curioso, curiosíssimo. Na noite da véspera, Dilma e seu cabo eleitoral haviam comandado, em Recife, um comício ácido.

Lula pedira votos para ela e para os seus. E dirigira à oposição epítetos tóxicos. Um dos mais amenos foi “picaretas”.

Recomendara aos eleitores que não votem “nesse tipo de gente”. Trabalha para asfixiar os oposicionistas que concorrem ao Legislativo, sobretudo ao Senado.

Ou seja, o petismo caminha para a paz prometida por Dilma no ritmo militar ditado por Lula.

Se o plano de Lula for bem sucedido, é certo que o sossego virá depois da guerra. Mas, para a oposição, não está reservada senão a paz dos cemitérios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário