sábado, 19 de junho de 2010

O HOMEM QUE DIZIA NÃO

Por Washington Araújo, em Carta Maior.
O homem que dizia não

Em uma entrevista, em 1998, Saramago disse que não tinha tempo para pensar na morte porque tinha muitas coisas que lhe faziam viver. E que não flertava com arrependimento: "Se tivesse que reviver tudo de novo, mesmo com o que há de triste, de mal, de feio, ainda assim, viveria tudo de novo".
Morreu o homem de Lanzarote. E o mundo encolheu de ontem pra hoje: Saramago recebeu o ponto final. Além de haver sido o ganhador do primeiro Nobel de literatura concedido a escritor de língua portuguesa, foi a grande referência para a esquerda em todo o planeta. Nesse segundo aspecto guarda forte semelhança com o ideário político de nosso longevo e brilhante Oscar Niemeyer. Saramago foi alguém cuja arte literária se firmou ante a Academia do Nobel como mais representativo em nossa língua que Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, João Cabral de Mello Neto. Recebeu o Nobel com 76 anos em uma época em que já era escritor prolífico, traduzido em dezenas de idiomas e tendo agregado junto à sua obra multidão de leitores com uma fidelidade inquebrantável. AQUI

Nenhum comentário:

Postar um comentário