terça-feira, 1 de junho de 2010

DE HÉLIO FERNANDES NA TRIBUNA DA IMPRENSA



Rio, terça-feira, 01 de junho de 2010 07:08

Rigorosamente verdadeiro: no PSDB circulam diversas e contraditórias versões sobre o vice de Serra. (Sem contar que ainda existe a possibilidade revelada aqui, dele voltar a ser candidato a governador). Ele não faz nada sem a chamada “consulta” aos “institutos”.

Depois de perder para presidente da República em 2002, entrou na mais completa depressão. Não sabia o que fazer, estava com 60 anos e sem esperança ou expectativa.

Foi procurado, em junho de 2003, com um papel cheio de números, que traduzidos, significavam: “você ganha fácil a eleição para prefeito”, que seria em outubro de 2004. Comentou: “Já perdi duas vezes para esse cargo, por que insistir e muito abaixo do presidente da República?”

O numerólogo, (se eu dissesse o nome, não estou autorizado, uma bomba) respondeu: “As derrotas do passado não contam. E a Prefeitura de São Paulo é o terceiro orçamento da República, uma potência”. Concordou, aceitou, ganhou.

Apenas 15 meses na Prefeitura
Tomou posse, começou a governar, estava vivo, mas não muito satisfeito. Três meses antes da desincompatibilização para o governo de São Paulo, eleição de 2006, veio o conselheiro-numerólogo, com o papel cheio de hieróglifos, versão modesta do “egiptólogo” François Champollion.

E disse para um Serra assombrado: “Se você quiser, sai agora, se elege fácil para governador”. Um Serra cético, mas fingindo de ético, argumentou: “Mas ainda estou completando um ano na Prefeitura, vou ficar só mais 3 meses, ninguém votará em mim”. Saiu, votaram.

Decidido a não completar o mandato, saiu para tentar a Presidência pela segunda vez. Tinha como certa a formação da “chapa-pura”, e com ela a vitória garantida. Não contava com as dificuldades, que foram se complicando.

Reaparece o numerólogo
Quando se julgava desesperançado e sem opção, volta o personagem que já conquistara sua confiança e colocara na sua “alma” a ideia de ser governador mais uma vez. E lembrou: “Você voltará a dominar e investir o segundo orçamento da República, e ainda estará na vez para 2014”.

O papel cheio de números convenceu e seduziu José Serra. E como era uma opção, podia esperar, ficou confiante. Mas as pesquisas da Colômbia, arrasaram o espírito de Serra, embalançaram suas ambições.

Serra revive Nixon
Em 1960, Richard Nixon, vice de Eisenhower durante 8 anos, era favoritíssimo contra Kennedy, perdeu. Em 1968, os “institutos” nem pesquisaram seu nome, venceu. Serra agora descrê de tudo e de todos.
Está com a razão: JAMAIS SERÁ PRESIDENTE.

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