sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

FEIRA ONTEM


 

LEMBRANÇAS DA FESTA DE SANTANA

Na Festa da Padroeira de tempos idos, durante o bando anunciador, lavagem da igreja, levagem da lenha e a procissão solene era cantado o Hino a Santana – “Salve Senhora Santana”, de Alpiniano Reis, o maestro Tuta da  Filarmônica 25 de Março. Ainda na parte musical, todos os anos vinha uma Zabumba do distrito de Bonfim que saía todos os dias da festa, na alvorada e ao meio dia, pelas ruas  centrais da cidade convidando a comunidade.

O bando anunciador da Festa de Santana ia às ruas sempre a tarde  no primeiro domingo  de janeiro, passando depois para a madrugada e os participantes tinham o costume de acompanhar o bando mascarados. No final dos anos 70, ao encerrar a manifestação muitos dos seus membros, principalmente comunicadores e artistas dos grupos teatrais se reuniam na Rua Cristóvão Barreto, conhecida como “Pilão sem tampo”, na casa do radialista Edival Souza, quando dona Hilda servia deliciosa feijoada.

Outra tradição, após as novenas, o largo da Praça da Matriz  transformava-se  num grande salão de baile, quando as bandas após abrirem a exibição executando dobrado, tocavam músicas de carnaval. Sob verdadeira chuva de confetes as famílias da cidade colocavam cadeiras ao redor do coreto  para observar a turma jovem dançando. Ao mesmo tempo aconteciam quermesses e leilões.

Dos tempos idos, também inesquecível era o duelo entre as filarmônicas  da cidade – 25 de Março, Vitória, Euterpe e mais a banda da Polícia Militar que também se revezava no coreto. Era uma apoteose a entrada de cada uma delas, cada qual querendo apresentar-se melhor, principalmente na guerra de fogos.  

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