quarta-feira, 1 de novembro de 2023

FEIRA ONTEM


 

CHUVA

De Georgina de Mello Erismann


A chuva é ouro que cai céu

Para o mealheiro do pobre

E para as veias anêmicas da terra febril

A chuva é sangue

A murmúrios cantantes de águas claras

Há promessas de fartura nos milharais

Andam pintores invisíveis retocando

O quadro verde da campina

Desbotado pelo sol

E a natureza agora, fresquinha

Lembra uma moça convalescente

A quem deram lindos vestidos novos

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