CHUVA
De Georgina de Mello Erismann
A chuva é ouro que cai céu
Para o mealheiro do pobre
E para as veias anêmicas da terra febril
A chuva é sangue
A murmúrios cantantes de águas claras
Há promessas de fartura nos milharais
Andam pintores invisíveis retocando
O quadro verde da campina
Desbotado pelo sol
E a natureza agora, fresquinha
Lembra uma moça convalescente
A quem deram lindos vestidos novos
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