A IMPRENSA FALADA EM FEIRA
Por Adilson Simas
(2011)
Passados 13 anos,
quando aconteceu a inauguração da primeira emissora de rádio local - a Sociedade
de Feira, o município se destaca entre os mais bem servidos em termos de
imprensa falada. Além d quantidade de AM e FM, operando normalmente, soma ainda a
qualidade da programação oferecida ao público ouvinte.
Até a primeira metade da década de
40 os feirenses curtiam a grande invenção ouvindo a Rádio Sociedade da Bahia e
algumas emissoras do sul. Os que não possuíam o misterioso aparelho em suas
residências, na verdade a grande maioria, tinham como opção os serviços de “alto-falante” transmitindo
os programas dessas emissoras. Em dia de futebol – um Fla Flu, por
exemplo –a era grande a afluência de pessoas para as proximidades do serviço de
som existente no centro da cidade.
A inauguração, da
ZYR/3 em setembro de 1948, pelo empreendedor Pedro Matos foi um acontecimento
da maior importância que se repetiria em
agosto de 1950, com o advento da Rádio
Cultura . Aqueles dois momentos históricos no final da primeira metade do
século passado marcaram o ingresso da Feira de Santana na era da comunicação
falada.
Além dos noticiários, informando o que
acontecia na cidade, no Estado e no país, existiam também, a exemplo das grandes emissoras
nacionais, os programas de auditório e
rádio-teatro revelando artistas do rádio, da musica e das artes cênicas.
Nos anos 60 a cidade conheceu sua
terceira emissora AM, a Rádio Carioca de Feira de Santana e na década seguinte foi a fez da AM Subaé. A
primeira FM foi a Rádio MF,
batizada com o M de José Olimpio
Mascarenhas e o F de Alfredo Falcão, mais tarde transformada em “Princesa FM”. Antares, Nordeste e Eldorado completaram as
emissoras FM funcionando normalmente.
O
fim dos programas de auditório e o
rádio-teatro, que aos poucos foram sendo
transferidos para as emissoras de televisão, abriu mais espaço para os
programas informativos, alguns dedicados exclusivamente ao futebol e demais
esportes.
Nos
dias atuais, mesmo nos musicais dirigidos aos ouvintes da zona rural e aos trabalhadores em regime de
plantão, marcando a abertura da programação (apenas a Rádio Carioca fica 24
horas no ar), todos são informados das ultimas notícias, antes reservadas
apenas para os chamados “horários nobres”.
Nesses
anos de existência, pouco mais de meio século, o rádio feirense não só cresceu como revelou e
exibiu grandes profissionais. Cresceu mesmo quando aconteceu o fechamento da
Rádio Cultura por um ato do arbítrio, já que mais tarde retornaria com outra
denominação. Impossível enumerar os
grande profissionais dos microfones.
Homens de rádio como Dorival Oliveira, o primeiro a ser eleito vereador pelo publico ouvinte; Edival Souza que estreou a comenda Maria Quitéria tão logo instituída pela câmara municipal; Aristeu Queiroz introduzindo “jingles” comerciais na programação como acontecia no sul do país e tantos outros que certamente serviram de exemplo para aqueles que hoje, cada um com seu estilo próprio, são os responsáveis pelo papel importante que o rádio exerce na vida de Feira de Santana
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