domingo, 24 de setembro de 2023

FEIRA ONTEM

                                     

 

 

            A IMPRENSA FALADA EM FEIRA

            Por Adilson Simas (2011)

 

 

            Passados 13 anos, quando aconteceu a inauguração da primeira emissora de rádio local - a Sociedade de Feira, o município se destaca entre os mais bem servidos em termos de imprensa falada. Além d quantidade de AM e  FM, operando normalmente, soma ainda a qualidade da programação oferecida ao público ouvinte.

           Até a primeira metade da década de 40 os feirenses curtiam a grande invenção ouvindo a Rádio Sociedade da Bahia e algumas emissoras do sul. Os que não possuíam o misterioso aparelho em suas residências, na verdade a grande maioria, tinham como opção  os serviços  de “alto-falante”  transmitindo  os programas dessas emissoras. Em dia de futebol – um Fla Flu, por exemplo –a era grande a afluência de pessoas para as proximidades do serviço de som existente no centro da cidade.

            A inauguração, da ZYR/3 em setembro de 1948, pelo empreendedor Pedro Matos foi um acontecimento da maior importância  que se repetiria em agosto de 1950,  com o advento da Rádio Cultura . Aqueles dois momentos históricos no final da primeira metade do século passado marcaram o ingresso da Feira de Santana na era da comunicação falada.

 Além dos noticiários, informando o que acontecia na cidade, no Estado e no país, existiam  também, a exemplo das grandes emissoras nacionais, os programas de auditório e  rádio-teatro revelando artistas do rádio, da musica e das artes cênicas.

            Nos anos 60 a cidade conheceu sua terceira emissora AM, a Rádio Carioca de Feira de Santana  e na década seguinte foi a fez da AM Subaé. A primeira  FM foi a Rádio MF, batizada  com o M de José Olimpio Mascarenhas e o F de Alfredo Falcão, mais tarde transformada em “Princesa FM”.  Antares, Nordeste e Eldorado completaram as emissoras FM  funcionando normalmente.  

            O fim  dos programas de auditório e o rádio-teatro, que aos poucos foram sendo  transferidos para as emissoras de televisão, abriu mais espaço para os programas informativos, alguns dedicados exclusivamente ao futebol e demais esportes.

            Nos dias atuais, mesmo nos musicais dirigidos aos ouvintes da  zona rural e aos trabalhadores em regime de plantão, marcando a abertura da programação (apenas a Rádio Carioca fica 24 horas no ar), todos são informados das ultimas notícias, antes reservadas apenas para os chamados “horários nobres”.

            Nesses anos de existência, pouco mais de meio século,  o rádio feirense não só cresceu como revelou e exibiu grandes profissionais. Cresceu mesmo quando aconteceu o fechamento da Rádio Cultura por um ato do arbítrio, já que mais tarde retornaria com outra denominação. Impossível enumerar  os grande profissionais dos microfones.

            Homens de rádio como Dorival  Oliveira, o primeiro a ser eleito vereador pelo publico ouvinte;  Edival Souza que estreou a comenda Maria Quitéria tão logo instituída pela câmara municipal;  Aristeu Queiroz  introduzindo “jingles”  comerciais na programação como acontecia no sul do país e tantos outros que certamente serviram de exemplo para aqueles que hoje, cada um com seu estilo próprio, são os responsáveis pelo papel importante que o rádio exerce  na vida de Feira de Santana   

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