domingo, 3 de setembro de 2023

FEIRA ONTEM

                                                                   

NOSSA FEIRA NOSSOS POETAS

 Minha velhice chora incerteza, /

bebe o presente amargo em negra taça

 / onde a visão do porvir só é tristeza:

 /resto de fogo, cinza e fumaça.

/Minha velhice arrota sua grandeza, /

Quando a lembrança lhe move uma devassa

/no passado de rara e sã beleza /

onde a virtude se une e se abraça.

 /Quando jovem a vida era o futuro

/a certeza de um porto seguro

/ que a velhice não pode sonhar.

 / Fui jovem, sou velho... o que esperar?

/Para os jovens a morte é u’a surpresa.

 / Para os velhos ela é u’a certeza.  

Antonio Moreira Ferreira, o poeta Antonio do Lajedinho...

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