NOSSA FEIRA NOSSOS POETAS
bebe o presente amargo em negra
taça
/ onde a visão do porvir só é tristeza:
/resto de fogo, cinza e fumaça.
/Minha velhice arrota sua
grandeza, /
Quando a lembrança lhe move uma
devassa
/no passado de rara e sã beleza /
onde a virtude se une e se
abraça.
/Quando jovem a vida era o futuro
/a certeza de um porto seguro
/ que a velhice não pode sonhar.
/ Fui jovem, sou velho... o que esperar?
/Para os jovens a morte é u’a
surpresa.
/ Para os velhos ela é u’a certeza.
Antonio Moreira Ferreira, o poeta Antonio do Lajedinho...
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