Operadores de Lula guerreiam no Tribunal de Contas da União por uma
decisão que permita ao governo reativar a porta giratória das nomeações para
diretorias de agências reguladoras. Os oligarcas do centrão e seus
financiadores já esfregam as mãos. Esse batuque é manjado. Roda como disco
arranhado em sucessivos governos. Todos sabem como termina, sobretudo um
presidente da República no seu terceiro mandato.
As agências sugiram no final da
década de 1990, sob FHC. Pela lei, seriam os olhos da sociedade sobre os
negócios que o Estado transfere à iniciativa privada. Vigiariam setores
estratégicos como o de energia elétrica, telecomunicações, petróleo, rodovias,
ferrovias e aeroportos. Foram, porém, capturadas pela oligarquia empresarial.
Enxergam apenas o que convém aos negócios.
Lula conhece a engrenagem por
dentro. Resumiu seu funcionamento num evento de campanha no qual recebeu o
apoio do economista Henrique Meirelles, em setembro do ano passado. Disse que as
agências servem para que o setor privado regulamente as atividades do Estado,
não o contrário. Mais.
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