"Tirando a Saúde, está tudo
em aberto", foi o que interlocutores ouviram do ministro Alexandre Padilha
após reuniões no Palácio do Planalto nesta terça-feira (18) com os deputados
André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (REP-PE).
Claro que ninguém cogita mudanças
na área econômica ou no núcleo duro de Lula. Mas a mensagem soou como um recado
claro para dentro e fora do governo.
Para fora, para o Centrão, a
sinalização é de que Nísia Trindade está blindada. Não adianta insistir,
retrucar, pressionar. Lula não mexerá na Saúde - ministério com muita
capilaridade, muitas possibilidades de entrega e que recebe obrigatoriamente
metade das emendas parlamentares impositivas.
Para dentro, é um aviso de que
ninguém na Esplanada é insubstituível. Não adianta apoio em redes sociais,
apelar para gratidão, nem se segurar na (importante) questão de gênero. O
pragmatismo será o norte do governo Lula a partir de agora.
E, nos cálculos do governo, a
presença de nomes do Progressistas e do Republicanos - ainda que os partidos
permaneçam independentes - poderá ajudar a governabilidade e, nas palavras do
líder do Governo na Câmara, "trazer paz" para as votações. É que um
maior espaço da Câmara no governo estará contemplado, como tanto pediu Arthur
Lira. Mais.
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