O novo decreto para regulação da posse e do porte de armas no país, discutido há cerca de seis meses em meio a pressão da bancada armamentista no Congresso, divide opiniões dentro do Governo Federal na sua fase final de discussão. A previsão é que na sexta-feira (21) o presidente Lula (PT) assine o decreto, e que nesta quinta-feira (20) haja uma reunião entre os ministros Flávio Dino e José Múcio para resolver o impasse sobre a volta a restringir o acesso às pistolas 9mm, que se tornaria de uso exclusivo das forças policiais - coloca as pastas da Defesa e de Justiça e Segurança Pública em lados opostos do debate.
Dados do recadastramento de armas
realizado pelo Governo Federal apontam que esse modelo de pistola se tornou o
mais popular entre os CAC’s (Colecionadores, Atiradores Desportivos e
Caçadores) quando o ex-presidente Bolsonaro,
devido à precisão do disparo, o recuo ínfimo e a maior capacidade de tiros num
único carregador. Contudo, especialistas se preocupam com a disseminação dessa
arma entre civis, devido ao seu alto poder de transfixação, ou seja, sua
capacidade de atravessar um alvo e atingir duas pessoas com um único disparo.
Essa característica a torna mais perigosa que outros modelos.
Além de discutir a restrição das
pistolas, também é preciso “bater o martelo” sobre o que fazer com os acervos
adquiridos durante a vigência da regra anterior, ou seja, com as armas
adquiridas antes da aprovação do novo decreto. Esse também é um ponto de
divergência entre os ministros. Mais.
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